O Pecado da Comparação

O pecado da comparação

Olá Inspiração!

Vivemos numa sociedade onde se premeia o Ter em vez do Ser. A competição é-nos incutida desde tenra idade.

Crescemos a aprender a olhar para fora de nós, quando na verdade deveríamos aprender em primeiro lugar, a olhar para dentro de nós.

É olhando para dentro que se aprende a observar, a sentir e a escutar as nossas emoções, o que o nosso corpo nos diz. A gestão das emoções, quando aprendida desde tenra idade, permite a construção de um Eu saudável, capaz de lidar com as frustrações da vida, com sentimentos negativos, a contemplar o belo e a ser grato.

Quando a capacidade de gerir as emoções não está devidamente desenvolvida e nos foi ensinado a olhar para fora, inconscientemente cometemos o pecado da comparação.

Frequentemente nos comparamos com os outros. Na nossa mente surgem pensamentos como “Tenho uma casa grande, mas não tão grande como a do meu irmão; “Tenho um bom trabalho, mas não ganho tanto como o meu colega”; “Tenho um bom carro, mas o meu vizinho comprou agora um carro topo de gama novinho em folha”; “Sou feliz, mas era muito mais feliz se tivesse uma conta bancária como a do meu primo”. Fazemos comparações sem fim, mas se pararmos para pensar, todas estas comparações não passam de percepções que temos face aos outros.

Incomparável by as marisas

Ter não assegura por si só felicidade, alegria, saúde, não nos dá resiliência, não faz de nós pessoas gratas nem com capacidade para Ser, para contemplar o belo, para simplesmente apreciar a vida.

É por isso que tanto podemos encontrar pessoas com baixos rendimentos muito felizes, como pessoas economicamente ricas, mas muito infelizes.

Ter não é Ser.

Augusto Cury propõe dois conceitos, a inveja sabotadora e a inveja espelho.

A inveja sabotadora é aquela que causa em nós o complexo de inferioridade, as mágoas, as frustrações, o sentimento de incapacidade, o ciúme pelo sucesso do outro. É por isso nociva ao Ser, uma vez que leva a crer que não se tem a capacidade de conquistar algo e promove a sabotagem de quem conquistou. Isto revela-se nas mentes em que se prefere nivelar a própria situação por baixo se isso significar que o outro não fica por cima.

Já a inveja espelho, promove o encantamento pelo sucesso do outro, tomando-o como modelo e incitando à própria superação de conflitos e desafios. A inveja espelho é alimentada pela admiração, ao passo que a inveja sabotadora, é predadora.

A prosperidade e abundância começa dentro de cada um de nós. É um processo de dentro para fora.

Quando tens a serenidade interna para apreciar as tuas capacidades, as tuas competências, o que já conquistaste, as pessoas de que te rodeias, da forma saudável que podes usar tudo isso a teu favor, apercebeste de quoão abundante e prospero és e deixas de ter a necessidade de te comparares com o outro.

Quando te sentires tentado a comparar-te ao outro, pára por um minuto e pergunta-te: “Porque me critico tanto?”. Sim, quando te comparas ao outro, estás na verdade a diminuir-te.

Estás a diminuir-te nas tuas capacidades, no acesso aos teus recursos internos, estás a diminuir a tua singularidade.

És um Ser único, não há no mundo outro igual a Ti. Mesmo os gémeos, podem ter semelhanças externas impressionantes, mas internamente são seres distintos.

Por isso, exalta sim a tua Existência, a tua beleza interna e também a externa, aprecia as tuas capacidades, tudo o que já alcançaste, aprecia a vida, sê grato por tudo o que tens.

Lembra-te, só se pode dar o que se tem.

Um sorriso,

à melhor versão de Ti!

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