Olá Inspiração!
Quantas vezes já deste por ti a dizer ao teu filho “já sabes que se te portares bem, eu gosto mais de ti” ou ainda “se arrumares os teus brinquedos, eu vejo os desenhos animados contigo”.
Por vezes, o “se” aparece na nossa comunicação mais vezes do que seria desejável. Utilizamos o “se” para mostrar à criança a condição que terá que ser cumprida para receber em troca a nossa atenção ou o nosso amor e carinho. Por exemplo, quando dizemos “se fizeres os trabalhos de casa, eu vou gostar mais de ti”. Neste caso, a condição para gostarmos mais da criança é que ela cumpra com a sua obrigação de realizar os trabalhos de casa.
Alguns pais utilizam este tipo de comunicação com o objetivo de incentivar as crianças a cumprirem com as suas obrigações, quase como se fosse uma motivação extra. Acontece que esta forma de comunicação, transmite às crianças que o nosso amor e a nossa atenção são um prémio que só merece ser atribuído quando a criança cumpre com a condição solicitada. E isto é o mesmo que dizer que a criança só obtém o nosso amor quando cumpre as nossas expectativas. Esta forma de comunicar e de agir faz com que a criança sinta insegurança no que diz respeito ao amor que as suas figuras de referência sentem por ela.
Ora, sentindo esta falta de amor é natural que a criança tome a opção de agir de acordo com os comportamentos que lhe trazem maiores certezas desse amor que tanto procura. Se, por um lado podem existir crianças que agem de forma a obter a aprovação sobre todos os seus atos, existem também crianças que procuram constantemente a atenção negativa por parte das suas figuras de referência (tema que será abordado noutro artigo).
Se para que uma criança possa obter um momento de presença do pai ou mãe tem que cumprir com determinado comportamento, então, será amor condicional. Se pelo contrário, a criança obtém provas do seu amor independentemente do seu comportamento, então enquanto pai/mãe estarás a demonstrar ao teu filho o teu amor incondicional. E isso, é educar com o coração e com presença.
Vale mesmo a pena pensarmos e refletirmos sobre que tipo de amor transmitimos aos nossos filhos diariamente. Será condicional ou incondicional?
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Um sorriso,
Inspira Parentalidade!