Tu Mãe, Ser Divino
Que transpiras Amor
Exalas Bondade
Ofereces o teu Santo Graal
Onde jorra o sangue
Do pulsar da nova Vida
Que carregas na tua plenitude
Com emoção e sem condição
Que expulsas sem pudor
Parindo com dor
Ofereces ao Mundo o Ser
Brota de ti o alimento
Alvo, completo e puro
Para a Cria, sedenta de Ti
A ti, Mulher geradora de Vida, és única no Amor sagrado e incondicional pela Vida que geraste em ti, cegas-te e toldas-te por um tão grande Amor, do qual não abres mão.
Na leveza da candura e suavidade da palavra Mãe, viras fera ferida, quando vociferam ou apontam lanças ao teu “produto”; uivas de dor, não abres mão do Ser que não é teu, sem, racionalizando, perceberes que és apenas um meio para dar continuidade à espécie.
Não te iludas, és Mãe para sempre, do Ser que não é teu.
Agrilhoas e aprisionas nos teus receios e medos o novo Ser, cego, na vista curta do casulo da sobrevivência, mantendo-O nas tuas asas fechadas?
Atrofias asas puras, que sem medos anseiam o desconhecido, o voo mais alto, alcançando horizontes infinitos?
Larga, empurra-o do ninho, dá-lhe asas para voar em liberdade, em todo o seu esplendor, incitando à sua autonomia, responsabilidade e independência.
Será mais feliz, porque sentirá que é capaz.
És Única, inquestionável no teu papel imprescindível de Mãe, no teu Amor imensurável, ultrapassando medos e receios que te atormentam em cada dor de crescimento.
Aprende a dizer que não, é um ato de Amor.
Eu também sou Mãe.
Recomendo: leitura de: “Diálogos com Maria”, de Constanza Ramos, editora Mercearia d’Alma e “mãe, promete-me que lês”, Luís Osório, Guerra e Paz, EditoresS.A.
Àmagi(N)a