Para lá da obediência

Olá Inspiração!

No último artigo partilhámos contigo uma reflexão sobre a questão da obediência. Hoje, pretendemos ilustrar alternativas a esse regime de educação.

Quando educar para a obediência não é o foco dos pais, a criança é educada sob uma visão mais consciente, humanista e pessoal. A criança passa a ter a oportunidade de olhar para dentro, de se conhecer melhor, de compreender melhor os que a rodeiam. Adquire novas perspetivas, aumenta o seu leque de possibilidades e expande a sua compreensão sobre a vida.

Enquanto pais e educadores, quando educamos numa base oposta ao autoritarismo, a nossa postura e comunicação passa por ser mais empática, consciente e próxima porque visa essencialmente a compreensão do mundo da criança. Uma visão mais próxima da realidade interna da mesma. Damos a possibilidade da criança tomar consciência sobre o que sente acerca de determinada situação. Possibilitamos uma tomada de consciência sobre as suas emoções. Elas compreendem melhor o que sentem, as suas vontades e os seus desejos e ganham também uma abertura para expor as suas opiniões.

Quando as crianças são educadas numa base consciente e empática, elas entendem que há realidades diferentes, que todos temos o direito de ter opiniões diferentes e que todas as opiniões têm o mesmo valor. Compreendem que todas as pessoas têm o mesmo valor, independentemente se são adultos ou crianças. Tomam consciência que as suas vontades têm o mesmo valor que as vontades dos adultos.

E como podemos agir para educar nesta perspetiva?

Se pensarmos na prática e aplicarmos a obediência à nossa vida adulta, nós próprios temos necessidade de compreender o motivo das coisas, o porquê e o para quê das escolhas e das opções que são tomadas e que nos englobam ou têm interferência com a nossa vida. Então, se nós próprios reconhecemos esta necessidade, porque não olhar para a criança segundo este prisma? Porque não explicar-lhes e dar-lhes a oportunidade de adquirir uma compreensão sobre o porquê e o para quê das situações, das regras ou das opções tomadas. Neste sentido, a alternativa passa exatamente por isto: dialogar com a criança, incluí-la nos processos de tomada de decisão, proporcionar-lhes esta compreensão do porquê e do para quê. 

É com estas pequenas e muito significativas ações que contribuímos para uma educação baseada na consciência, na empatia e na proximidade. É desta forma que contribuímos para o desenvolvimento e educação de jovens autónomos, compreensivos, empáticos, assertivos, respeitadores e conscientes das suas vontades e desejos.

Continua a acompanhar a rubrica Inspira Parentalidade para mais reflexões e partilhas conscientes.

Um Sorriso,

Inspira Parentalidade!

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