Cheiro cada papel de cartão
Grosso, pardacento, mofado e manchado
Onde sepiamente permanecem imóveis
Em poses estudadamente esmiunçadas
Procura de perfeição em cada imagem
Abraço e Amo cada pedaço
Quadrado de papel velho
Onde se mantém o fio que perdura
E nos transporta a um tempo
Que um dia foi vida
Não há momento, em que o fio de vida recordado
Não mareje de água o olhar pousado
Que em cada rosto, em cada expressão
Se procura um lampejo de emoção,
Um movimento impercetível e não declarado
De uma história não contada, escondida
Os segredos ocultados e inalcançáveis
Sob as vestes escuras e sóbrias
Rigorosas e escrupulosamente escolhidas
Permanecem na escuridão recolhidas
Sem qualquer chave aparentemente visível
Que abra o tesouro das recordações
É tempo, em tempos de acolher com Amor cada pedaço de vida passada, cada mensagem deixada pelos nossos ancestrais, que respeitosamente devemos venerar, homenagear e perdoar, somos o fruto do seu legado.
Invocamos a presença, chamando os nossos entrequeridos que já partiram, na última noite deste mês e eles vêm e estão por perto, para de seguida, decorridos dois dias, visitá-los e enfeitá-los nas suas últimas moradas, homenageando-os.
Não esqueçamos nunca, transportamos em nós a sua energia, força, fraqueza, herdeiros dos seus códigos genéticos, raça e sentimentos.
Fazer história de histórias contidas, em trechos de vida vividas e esquecidas
Perduram em soltas memórias de quem ama e teima não esquecer, para sempre recordar
Recomendo: Com Amor e Respeito, carinhosamente revê as fotos da tua família, e sente as suas histórias .
Àmagi(N)a